Por conta de mais de um ano de ausência de eventos presenciais, as ferramentas digitais se desenvolveram de forma exponencial, tornando os eventos virtuais mais acessíveis. É o “bom” efeito colateral da pandemia. De fato, boas ideias e novos caminhos são desenvolvidos premidos pela necessidade. Não à toa diz-se que a necessidade é a mãe da criatividade. O que aconteceu então foi a proliferação de eventos virtuais, alguns deles com milhões de participantes, como as lives de artistas, por exemplo.
Com o tempo, a experiência virtual foi enriquecida por recursos inovadores com o uso de imagens e ambientes que simulam muito bem uma situação presencial. Palestrantes são inseridos em palcos virtuais, tendo fundos bem elaborados, com ricas imagens. E o público tem chance de interação on-line.
Enfim, a conclusão que se chega é que até que não tem sido ruim a experiência virtual, e com a vantagem de um custo muito menor, quando comparada com a presencial. Quer dizer então que, quando voltarmos ao tal normal, os eventos virtuais substituirão os presenciais? Hummm… não é bem assim. O virtual não substitui a experiência presencial por inteiro. Você pode até apresentar um bom conteúdo de forma atraente, mas, sabemos que as pessoas não vão até os eventos apenas pelo conteúdo. O que acontece nos coffee breaks e nos corredores dos espaços pode ser até mais importante do que o conteúdo, em si. Networking, troca de ideias com seus pares, a convivência presencial, de um modo geral, são situações que continuarão muito valorizadas no momento em que os eventos presenciais forem novamente possíveis. Na verdade, a resposta à pergunta provocativa do título deste artigo é simples: o futuro não é físico nem virtual: é híbrido. Não se trata de “ou”, mas de “e”. Mesmo quando tivermos total liberdade de realizar eventos sem limitações, o aprendizado obtido durante a pandemia será bem útil para agregarmos mais público aos eventos, de forma virtual. Assim, deveremos ter a opção de participação presencial ou a virtual. Ou uma combinação das duas.
Outro aspecto positivo é a possibilidade de se contar com palestrantes remotos em eventos presenciais, viabilizando atrações antes inacessíveis. O longo período sem os eventos plenos, de interações presenciais, gera uma expectativa e uma ansiedade que deverão resultar num boom, logo após a liberação. Acredito fortemente que os eventos presenciais voltarão com força total. E agora, acrescidos de recursos virtuais, tornando a experiência ainda mais rica e eficaz. Longa vida aos eventos!