WILLY HERRMANN
Representante da Fórmula INDY para a América Latina

Só tem uma resposta para esta pergunta… Talvez!

Cada vez fica mais claro que a mobilidade elétrica é uma alternati­va regional, sazonal e social. Deixan­do bem claro que esta é uma avalia­ção de momento, que dependendo do avanço das tecnologias, que são cada vez mais rápidas, de situações geopolíticas e acima de tudo da nossa mãe natureza.

A geração ener­gética sempre foi, e provavelmente sem­pre será, um exercício tão regional como fa­zer pesca submarina no Sahara ou visitar uma colônia de Sherpas nudistas no inverno Nepalês!

Este ano o mundo se deparou com a dura realidade da invasão Russa na Ucrânia que nos mostrou a fragilidade energética da Europa que radicalmente mudou a percepção da mobilidade elétrica na região. Os car­ros elétricos até agora vistos como baluartes da ecologia neste final de ano poderão ser interpretados como os algozes de comunidades encaran­do o racionamento de energia. O fato é que prioridades serão estabelecidas e certamente os passeios com luxu­osos Teslas, Audi eTrons ou Porsches Taycans diante de monumentos as escuras, arvores de Natal sem luzes, residências com aquecimento reduzi­do ou pessoas literalmente passando frio serão uma triste demonstração de falta de bom senso.

Porém não podemos esquecer que no rastro da crise energética Rus­sa os países produtores de petróleo têm se valido do seu potencial estra­tégico para obter vantagens elevan­do os seus preços.

Felizmente aqui no Brasil, como em alguns outros poucos países, po­demos contar com a produção de etanol biocombustível sem impactar a matriz de produção de alimentos.

Em constante evo­lução as novas gera­ções de etanol, como o celulósico, minimizam ainda mais a geração de poluentes em toda a cadeia produtiva. Sim, toda a cadeia produti­va! Vamos lembrar que hoje em dia para atender a demanda alguns países tem recorrido as usinas a carvão para gerar eletricidade!

Os dias de hoje demostram clara­mente que a flexibilidade, como a do carro FLEX (etanol ou gasolina) ou os veículos híbridos e o potencial de ge­ração local de energia, seja solar, eó­lica, geotérmica, cinética etc. são uma absoluta necessidade para manter o progresso e a independência.

A indústria automobilística já apresentou a alternativa do Hidrogê­nio Combustível que ainda é limitada pela logística de abastecimento algo que certamente será equacionado.

Até a próxima, Willy.