Com foco na retomada de setores estratégicos e crescimento econômico do país, Adelson Coelho, presidente do Conselho Executivo do Sempre Juntos BR e CEO e Founder ARCOE Negócios, acredita no bom e velho networking como gerador de soluções inteligentes e sustentáveis, condizentes com a nova realidade pós-pandemia
Não é novidade que o networking é uma das principais ferramentas para fazer negócio e relações estratégicas, ainda mais em tempos tão inóspitos, como os que vivemos desde o início da pandemia. “É muito importante para um líder cultivar relações profissionais em diversos ambientes. O seu networking pode estreitar negociações comerciais ou abrir espaços para que seja possível aproveitar as oportunidades no mercado de trabalho ou até mesmo fora dele”, recomenda Adelson Coelho, CEO e Founder da ARCOE Negócios, marketplace integrado com a indústria, com foco em vendas nacionais e internacionais.
Com passagem por duas das maiores indústrias multinacionais do planeta, Electrolux e Samsung, e pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo, Adelson compartilha sua experiência em desenvolvimento estratégico, ressaltando a necessidade de compreender os novos ciclos da vida, e de se renovar, tanto pessoal como profissionalmente. “Uma boa rede de relacionamento poderá ampliar ao máximo as oportunidades de mercado minimizando riscos para quem está iniciando um negócio ou mesmo para aquele que deseja crescer”.
Sempre Juntos em prol do Brasil
Falando na formação de conexões genuínas em prol do crescimento, destaca-se o papel do empreendedor como um dos fundadores e à frente do Conselho Executivo do SJBR, plataforma multisetorial formada pela união de empresários, líderes corporativos, jornalistas e gestores de eventos para a realização de networking e geração de negócios com foco na inovação e sustentabilidade. “Sou membro do conselho e participo ativamente, desde a fundação do SempreJuntosBR, em julho de 2020”, fala o empresário, sobre a plataforma que surgiu com o propósito de aproximar diversos mercados para que parcerias e a colaboração fossem desenvolvidas entre os grupos. “Depois de muitos anos trabalhando como executivo de empresas com operações globais, fui percebendo a importância de fortalecer o networking, estudar tendências e desenvolver ideias inspiradoras. Com essa união, percebemos que era hora de juntar os principais líderes do mercado dos setores público e privado, para promover iniciativas inovadoras e sustentáveis”, revela o presidente do Conselho Executivo do SJBR.
A mudança de chave está na sustentabilidade
A sustentabilidade empresarial e a governança corporativa são cada vez mais apontadas como pilares fundamentais de uma organização. Durante a pandemia, foi nítida a importância de implementá-las ou reativá-las. “Surgiram tendências nesse período de pandemia e as expectativas de como as empresas tratavam questões como o uso dos recursos naturais, mudanças climáticas e as interatividades socioambientais locais, foram crescentes”, aponta Adelson. “Com o passar do tempo, as empresas que demonstravam bons índices de sustentabilidade empresarial e de governança, também passaram a valer mais. E tudo isso, foi resposta a uma busca por um desenvolvimento de mercado perene e saudável”, pontua.
Foco na retomada
O setor de turismo foi um dos mais afetados no Brasil durante o período da pandemia, resultado de medidas restritivas, isolamento, cancelamento de viagens, fechamento de fronteiras e suspensão de eventos de turismo de negócios. Recentemente, o grupo SempreJuntosBR realizou um fórum sobre o renascimento do turismo e neste evento, falou-se muito sobre as expectativas da retomada. “Embora os brasileiros anseiem bastante por esse momento de viagem e lazer, é importante considerar que houve uma mudança do setor, relacionada a como as pessoas passaram a levar em consideração a segurança da família. Nisso, enxergamos uma demanda reprimida, importante, que pode acontecer a qualquer momento. Essa tendência oferece oportunidades nos mais diferentes setores e a cadeia de turismo precisa estar preparada para o que vai acontecer brevemente”, reflete Adelson.
O futuro é a inovação
Estacionar é um verbo que precisa ser riscado do vocabulário de qualquer que seja o tamanho da empresa. Como cita o CEO e Founder da ARCOE Negócios, independentemente do tamanho da empresa, é impossível controlar ou prever o que vai acontecer no futuro. “Hoje, com o mun- do globalizado, algumas demandas surgem e tornam-se exponenciais do dia para a noite e a inovação trouxe a capacidade de melhorar a eficiência operacional e incrementá-la. Com a tecnologia, é possível impulsionar as entregas em todos os índices dentro da organização e com isso, atrair novos negócios, desenvolver diferentes fontes de ganho e receita, dentre tantas oportunidades”, afirma o empresário.
Um dos pontos de destaque, sem dúvida, foi o crescimento acelerado do marketing digital, que vem sendo cada vez mais utilizado inclusive em canais offline, como lojas físicas. “Verificamos que o foco da venda não está mais no produto, mas sim na experiência que o usuário tem no processo de compra. Essa tendência, no meu ponto de vista, não é passageira, esse é o futuro. E não tem como não destacar o Omnichannel como um dos protagonistas desse cenário”.
Para o empresário, boa parte dos consumidores irá mesclar as experiências entre os ambientes físico e digital. “Quando olho para as novas gerações vejo um consumidor cada vez mais conectado, atento. O novo consumidor começou a desenvolver ou criar necessidades específicas, um reflexo do grande fluxo de informações vindas de diferentes marcas”.
Empreender é preciso
Que o empresário brasileiro nunca encontrou um céu de brigadeiro para navegar, é fato. Mas, que empreender é preciso para sair de qualquer crise, isso sim é verdade. “O Brasil é um dos países do BRICS que mais possui um perfil empreendedor. Agora, começar um negócio não é uma tarefa simples para ninguém, pois lidamos com desafios gerados por uma enorme burocracia. Existem muitos entraves e preocupações a serem consideradas. Seja um empreendedor de tamanho grande ou pequeno”, alerta Adelson.
Outra questão extremamente importante sublinhada pelo empresário, é a formação de pessoas. “Sem dúvida, é um dos maiores desafios para qualquer negócio. Encontrar o perfil certo de pessoa, que esteja com vontade de desenvolver um projeto. Outro pilar importante é a questão de inovação em produtos e serviços que possam se diferenciar dos concorrentes”. E como recomendações finais a respeito do empreendedorismo e geração de emprego no Brasil, Adelson fundamenta: “Se olharmos para o cenário atual, muitos empresários precisaram se arriscar no mercado para tentar garantir a sobrevivência ou manter um negócio que conseguisse gerar receita para suas famílias. Esse tipo de situação que é comum em momentos de crise, eleva consideravelmente o número de empresas, ou seja, as pessoas arriscam mais, bus- cam formas de se manter economicamente ativa no mercado. É um desafio bastante complicado, mas é um desafio necessário”.