Sucesso da 19ª edição do ESFE mostra vitalidade do setor de feiras e eventos

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Otavio Neto na apresentação do 19º ESFE

Há quase duas décadas que o espírito empreendedor e visionário de Otávio Neto plantou a semente inaugural do ESFE – Encontro do Setor de Feiras e Eventos. A cada ano, a despeito de adversidades inesperadas como a pandemia C-19, o evento ganha mais e mais musculatura. ESFE representa baliza, termômetro e painel de tendências de uma indústria fundamental para a economia, negócios e marketing no âmbito corporativo.

Após a realização da 19ª edição do ESFE, em 20 de fevereiro no Centro de Convenções Rebouças, tematizado em Back to the Game (ou De Volta ao Jogo), ficou evidenciado que planejar e promover eventos para o trade é sempre desafiador. Isso ocorre porque o nível de exigências e expectativas é alto e intenso.

“Esse ano, o formato adotado pelo ESFE contemplou 28 talks multitemáticos, pilotados por notórios expoentes da nossa indústria. E contamos com 34 marcas expositoras”, salienta Otávio Neto. O idealizador do ESFE acrescenta que foi registrado o total de 512 participantes – 12 pagantes, 462 VIPs, 22 profissionais da Imprensa e 16 integrantes da rodada de negócios. E que o 20º ESFE, em 2025, já está em gestação.

Reconhecimento

Otávio Neto foi alvo de copiosos e efusivo elogios, pelo planejamento criativo e realização bem-sucedida do 19º ESFE. Tanto os conteúdos como o modelo de ‘talks’ contaram com a aprovação entusiasmada dos participantes. Sobraram manifestações alusivas ao empenho da organização, à oportunidade de agregar novos conhecimentos e propiciar o reencontro de lideranças do setor de MICE. Foi um dia marcado por atividade intensa de networking.

Números animadores

Paulo Octavio Pereira de Almeida, Diretor Executivo da UBRAFE, que abriu a sucessão de ‘talks’ do 19º ESFE. “De acordo com o BAROMETRO UBRAFE SP TURIS, tivemos 1.286 eventos de grande porte na cidade de São Paulo no ano de 2023. São considerados eventos de grande porte todos os que têm mais de 700 participantes únicos. Estes eventos atraíram quase 7 milhões de participantes, que geraram um impacto econômico, na cidade de São Paulo, de quase R$ 10 bilhões”.

O executivo observa que “este impacto econômico não leva em consideração os investimentos feitos pelos organizadores destes 1.286 eventos (locação dos recintos para os eventos por exemplo) e nem a quantidade de negócios gerados entre os participantes destes eventos”. Segundo a UBRAFE, quase 5% do PIB Brasileiro acontece em negociações dentro das feiras de negócios.

Luciane Leite, diretora executiva sênior de Eventos e Turismo da Secretaria de Viagens e Turismo de São Paulo (Setur-SP), no seu ‘talk’ no 19º ESFE, expôs os projetos da pasta para fomentar o setor. A executiva revelou que o Estado deve receber, em 2024, mais de 1,6 mil eventos. Isso representa movimento superior a 70 milhões de viajantes e impacto acima de R$ 52 bilhões por ano.

Segundo Luciane Leite, “os eventos impulsionam o turismo, o desenvolvimento econômico e são fundamentais para transformar comunidades e promover orgulho local. Geram benefícios socioeconômicos relevantes para comunidades anfitriãs, empreendedores e o comércio. A participação do Estado, do empreendedor e da comunidade é essencial para o sucesso de um evento”.

A executiva acrescenta que “o show recente da Taylor Swift movimentou R$ 803 milhões durante os três dias de evento. E garantiu 97% de ocupação hoteleira. The Town gerou quase R$ 2 bilhões de impacto na economia, assim como o Agrishow e a Festa do Peão de Barretos atraíram alto percentual de turistas de outros estados e regiões. Isso sem falar do sucesso da F1”.

Exigência de Visto e PERSE

Ibrahim Tahtouh, presidente da Câmara de Arbitragem da Academia Brasileira de Eventos e Turismo (CNA EvTur), no seu ‘talk’ no 19º ESFE, alertou que “voltar a exigir visto é problema para o MICE”. referindo-se à incidência da medida sobre cidadãos americanos, australianos e canadenses. “É uma problemática enorme para trazer grandes palestrantes a eventos no Brasil. Para os países acostumados com livre acesso, a maioria do mundo, pedir visto pega muito mal”, diz Tahtouh.

Em se tratando de eventos de negócios, o executivo informa que garantir a presença de um bom comprador já é muito complicado e exige a apresentação de diversos atrativos. “Ter que explicar que é necessário realizar visto para vir ao Brasil é um obstáculo enorme para esse segmento. Vale dizer que a maioria desses compradores são muito ocupados e acabam decidindo ir de última hora, então também perdemos essa porção de visitantes”, destaca Tahtouh.

Toni Sando, Executivo do São Paulo Convention Visitors & Bureau, falou sobre a importância do associativismo como plataforma para gerar mais negócios. Conclamou a toda cadeia produtiva que esteja ativa no dia 05 de março, no Senado Federal, junto à Frente Parlamentar da Hotelaria em prol da permanência do PERSE até 2027.

Por sua vez, Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) reiterou a importância da luta pela manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). “Estamos totalmente engajados nesse esforço de que o Perse tem que continuar, buscando derrubar ou modular a medida provisória do final do ano passado”, assegura.

Em meio às questões setoriais, que mobilizam a união de forças e a coesão de propósito, no que diz respeito à conquista do justo reconhecimento da importância dos eventos, das viagens e do turismo para o desenvolvimento sustentável no país, a 3ª edição do ESFE apresentou uma série de informações relevantes para os profissionais do setor.

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