Se tem uma capital brasileira que reúne com maestria belezas naturais, arquitetura histórica reconhecida mundialmente e infraestrutura turística de cidade grande, é São Luís, capital do estado do Maranhão.
Fundada em 1612 pelas mãos dos franceses, a cidade cujo nome homenageia o rei da França, Luís XIII, é um verdadeiro caldeirão de cultura, história, gastronomia e paisagens de tirar o fôlego.
Como bem definiu Saulo Santos, Secretário Municipal de Turismo: “Visitar São Luís é uma viagem ao passado, ao presente e ao futuro”. Arquitetura histórica e natureza preservada são as marcas de um tempo ido, é um pouco da história do Brasil na frente dos olhos. O momento presente está ali, e quem vai a São Luís quer que ele dure uma eternidade para aproveitar ainda mais.
Mas, apesar de berço do passado, a capital maranhense vislumbra o futuro, e olha atentamente para frente se posicionamento como uma cidade inteligente e inclusiva.
Centro histórico: uma viagem no tempo
Reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1997, a cidade preserva um dos mais autênticos conjuntos arquitetônicos coloniais da América Latina, oferecendo uma experiência cultural rica e envolvente.
O coração de São Luís pulsa entre casarões seculares adornados por azulejos portugueses, ruas de pedra e igrejas dos mais diversos estilos – das barrocas, clássicas e bizantinas até as neogóticas e modernas. Passear pelo centro histórico é um convite a explorar a história viva da cidade, onde cada esquina revela detalhes da herança lusitana e da cultura afro-brasileira.
Outro grande atrativo da cultura local é a ampla oferta de museus: são mais de 20, totalmente gratuitos e que contemplam os mais diferentes temas, das artes visuais à culinária. Todo bom viajante que se preze deve incluir no roteiro uma ida ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão e ao Museu da Gastronomia Maranhense.
O projeto Segredos Históricos, desenvolvido em parceria com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), promove uma visita guiada a pé pela região do centro histórico com a contação de história, música e um roteiro incrível. “É uma forma de trabalhar o sentimento de preservação e de pertencimento ao patrimônio histórico”, diz o Secretário.
Belezas naturais: entre praias e lençóis
São Luís é porta de entrada para paisagens naturais deslumbrantes. A extensão do seu litoral ultrapassa 30 quilômetros com as praias Ponta d’Areia e Olho d’Água entre as favoritas dos visitantes. As praias urbanas, como Calhau e São Marcos, oferecem lazer e gastronomia à beira-mar. A poucos quilômetros da capital, os Lençóis Maranhenses surpreendem com dunas e lagoas cristalinas, compondo um dos cenários mais impressionantes do Brasil.
Com faixas largas de areia e ventos favoráveis a práticas esportivas, o litoral de São Luís abraça a todos, desde os turistas que estão em busca de calmaria, se ocupando de caminhadas na orla e de banhos em Detalhe de azulejo típico português do centro histórico de São Luís águas cristalinas, até os que estão em busca de aventuras náuticas como surf, kite surf e windsurf.
Sabores e ritmos maranhenses
A culinária de São Luís é um reflexo de sua diversidade cultural, combinando ingredientes indígenas, africanos e portugueses, base da origem étnica da cidade. Pratos como o arroz de cuxá, o peixe frito com molho de camarão e a casquinha de caranguejo com farofa de Sarnambi são imperdíveis.
Além disso, manifestações culturais como o Bumba Meu Boi e o Tambor de Crioula enriquecem a experiência dos visitantes, oferecendo uma imersão nos ritmos e tradições maranhenses.
Em São Luís também ocorre uma das mais tradicionais festas juninas do Brasil. A festividade acontece em diversos pontos da cidade e conta com arraiais, manifestações folclóricas (sendo a mais conhecida o Bumba Meu Boi), quadrilhas, cacuriá (dança típica do estado do Maranhão), shows, gastronomia e muita diversão. A cidade também recebe anualmente o São João da Thay, festa promovida pela influenciadora digital Thaynara OG, que leva à cidade diversos grandes shows, como se fosse um festival.
Investimentos na preservação cultural
A Prefeitura de São Luís, em parceria com o IPHAN, tem intensificado esforços para preservar e valorizar o patrimônio histórico da cidade, desde sua malha urbana do século XVII ao seu conjunto arquitetônico original. Projetos como a restauração do Palacete da Rua Formosa, que abrigará a nova sede da Secretaria Municipal de Turismo (SE TUR), e a criação do Museu do Azulejo demonstram esse compromisso. Aproximadamente há quatro mil imóveis tombados em toda a cidade, incluindo solares, sobra dos, casas térreas e edificações com até quatro pavimentos. “A ideia é manter as construções que guardam um pouco do nosso passado, e ao mesmo tempo aproveitar o melhor da arquitetura e das soluções ambientais adotadas, como dispor do máximo de sombra e ventilação marítima”, diz o Secretário Municipal de Turismo de São Luís.
São Luís acessível a todos
No último mês de março, a prefeitura de São Luís, por meio da SETUR, lançou o projeto “Turismo Acessível”, que tem como objetivo tornar a cidade ainda mais inclusiva e inteligente.
O projeto, que faz parte do Programa Turismo Futuro Brasil, do Sebrae em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), vai promover um diagnóstico de diversos atrativos e equipamentos da capital maranhense, além de treinamentos, cartilha e consultorias.
Com o apoio da ASMA (Associação dos Surdos do Maranhão) e do projeto Andarilhos Adventure, a cidade vai capacitar seus profissionais de turismo e trabalhar para a promoção de roteiros anda mais inclusivos.
Todas essas iniciativas para avançar na acessibilidade são uma demonstração de que São Luís já é uma cidade do futuro.
Prêmio afroturismo
Saulo Santos, Secretário Municipal de Turismo de São Luís, exibe orgulhoso o troféu do 3º prêmio do afroturismo do guia negro. a capital maranhense vem fazendo ações consistentes no afroturismo, destacando-se como a capital do reggae, e promovendo o destino a partir de manifestações da cultura negra, como o tambor de crioula e o bumba-meu-boi e divulgação do turismo no Quilombo da liberdade.
Por Luciana Albuquerque
