Se 2024 foi bom para o segmento de live marketing, setor especializado em criar experiências de marca, também conhecidas como ativações, o ano que se inicia promete ser ainda melhor, afinal, a projeção da área é de que o faturamento supere R$100 bilhões.
A estimativa é baseada no 13º Anuário Brasileiro de Live Marketing, que mostrou que em 2024 foram investidos R$110 bilhões em ações como eventos, ativações e brand experience. Com o setor em crescimento desde 2021, os investimentos vêm superando a marca dos R$100 bilhões desde 2023.
O Anuário consolida dados de 200 agências de Live Marketing das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, além de 50 diretores de agências das mesmas regiões. Os valores incluem desde a compra de cotas de patrocínio, montagem de cenários e locação de espaços, até tecnologia digital, logística e contratação de equipes especializadas.
“Os números mostram a importância que as empresas passaram a dar para as ações de live marketing, brand experience e ativações quando o assunto é marketing e comunicação. A criação e produção de ativações passou a ocupar uma parte significativa das verbas de marketing e a tendência é que a utilização dessas ferramentas continue em expansão em 2025”, avalia Julio Feijó, editor do Anuário e CEO da JF Consultoria, responsável pela direção da pesquisa.
Principais ativações de marcas em 2024
Mais eventos, mais ações e mais público
A projeção elevada para o setor de live marketing em 2025 converge com o calendário divulgado pelo Ministério do Turismo, que registrou aumento de 254% de eventos cadastrados, movimentando ações promocionais, sorteios e programas de incentivo que fidelizam consumidores e fortalecem o engajamento com stakeholders. Ou seja, é setor de eventos e ativações mais aquecidos a cada ano na era pós-pandemia.
Ao redor destas ações, marcas desenvolvem promoções e sorteios, que fazem o estoque girar no marketplace e no PDV físico. Em outra frente, dentro da mesma campanha, empresas usam mega ativações para impulsionar programas de incentivo, que levam os colaboradores aos eventos como prêmio pelo atingimento das metas e mais uma infinidade de ações que envolvem stakeholders.
“Independentemente do formato, os eventos de todos os tipos, feiras de negócios, ativações e uma grande variedade de atividades para a visibilidade das marcas e interação com seus públicos vem gerando uma oferta de briefings sem precedentes, com as casas e espaços de eventos sem datas, camarotes em estádios com filas de espera, além dos custos e serviços diversos e mão de obra com elevação acima dos 50%”, destaca o CEO da JF Consultoria.
Para Julio Feijó, os investimentos em estruturas físicas para colocar o consumidor dentro do universo das marcas ainda estão só começando. “Isso se transformou em uma indústria bilionária. A previsão é que o mercado dobre de tamanho nos próximos quatro anos”, finaliza.
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